Respigar é mais do que um estado de espírito ‒ é um estilo de vida! Tem a ver com a maneira como encaramos o mundo que nos rodeia e o espectro da nossa ação sobre ele. Pondo as coisas em termos simples, há dois tipos de pessoas: aquelas que, quando não há, se queixam; e aquelas que, quando não há, fazem! As do segundo tipo são as criativas, as desenrascadas, as que transformam problemas em projetos; as que estão terminantemente convencidas de que não há modelos perfeitos, formas finais: tudo (ou quase tudo!) é passível de reinvenção, renascimento.
Há pessoas que já nascem com esta atitude, e a mantêm toda a vida, e há outras que descobrem essa faceta de si mesmas por uma ou outra vicissitude. Quer num caso, quer noutro, penso que, quando há filhos/as, essa capacidade (esse talento!) para o "desenrasque" se potencia exponencialmente. Todas as mães movem montanhas pelas suas crias, mas as mães criativas fazem-no com um toque especial: com mais calor, com mais intenção, com mais vontade de mudar o mundo!
Eu e a Ana já nos conhecemos desde que éramos bem pequenitas; andámos juntas no ballet e fomos colegas de Escola durante muitos, muitos anos! Entretanto, deixámos ambas a terra-mãe, e ela já viveu um pouco por toda a Europa, à medida que ia avançando na sua formação. Há 16 meses, foi mãe da Filipa, e é a partir de Itália (onde vive atualmente com a família) que contribui com este post sobre iogurtes. Quem diria que os iogurtes seriam uma fonte de nostalgia, estando fora de Portugal?! Fiquem a saber mais, pela 'voz' desta mãe e mulher criativa!
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Várias são as “pequenas” coisas que nos lembramos que existem e que nos fazem muita falta, quando não as temos por perto. Sendo eu praticamente uma rapariga do mundo, tendo já vivido no estrangeiro, em alguns países, por períodos curtos e longos da minha vida, apercebi-me que existem várias coisas às quais estamos habituados no nosso dia-a-dia e que nos fazem muita falta. Uma delas é a comida, ou produtos alimentares (inclusive, de determinadas marcas) imprescindíveis! É o caso dos iogurtes. Sim, iogurtes… Existem em todo o mundo, é certo (bom, talvez não haja tanto na China, dado o elevado número de chineses intolerantes à lactose), mas por alguma razão, em Portugal somos grandes consumidores de iogurtes de aromas, de consistência firme, e que existem "aos montes" nos supermercados. Estes iogurtes são uma espécie rara em vários países da Europa, nomeadamente França, Suíça e Itália (por onde já andei). Por acaso, nem sou muito esquisitinha no que diz respeito à comida, mas nos iogurtes apercebi-me que sim, sou… seletiva! E só me apercebi o quão fã sou deste tipo de iogurtes quando emigrei! Ainda fiz várias tentativas com outros iogurtes semelhantes, outros cremosos (como, por exemplo, os da Activia, que existem em muitos países). Outra curiosidade é que iogurtes magros é também algo pouco comum. Aqui em Itália, não há grande variedade de marcas nem de estilos, consomem essencialmente iogurtes gordos ou intero (yuck!).
Há pessoas que já nascem com esta atitude, e a mantêm toda a vida, e há outras que descobrem essa faceta de si mesmas por uma ou outra vicissitude. Quer num caso, quer noutro, penso que, quando há filhos/as, essa capacidade (esse talento!) para o "desenrasque" se potencia exponencialmente. Todas as mães movem montanhas pelas suas crias, mas as mães criativas fazem-no com um toque especial: com mais calor, com mais intenção, com mais vontade de mudar o mundo!
Eu e a Ana já nos conhecemos desde que éramos bem pequenitas; andámos juntas no ballet e fomos colegas de Escola durante muitos, muitos anos! Entretanto, deixámos ambas a terra-mãe, e ela já viveu um pouco por toda a Europa, à medida que ia avançando na sua formação. Há 16 meses, foi mãe da Filipa, e é a partir de Itália (onde vive atualmente com a família) que contribui com este post sobre iogurtes. Quem diria que os iogurtes seriam uma fonte de nostalgia, estando fora de Portugal?! Fiquem a saber mais, pela 'voz' desta mãe e mulher criativa!
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Várias são as “pequenas” coisas que nos lembramos que existem e que nos fazem muita falta, quando não as temos por perto. Sendo eu praticamente uma rapariga do mundo, tendo já vivido no estrangeiro, em alguns países, por períodos curtos e longos da minha vida, apercebi-me que existem várias coisas às quais estamos habituados no nosso dia-a-dia e que nos fazem muita falta. Uma delas é a comida, ou produtos alimentares (inclusive, de determinadas marcas) imprescindíveis! É o caso dos iogurtes. Sim, iogurtes… Existem em todo o mundo, é certo (bom, talvez não haja tanto na China, dado o elevado número de chineses intolerantes à lactose), mas por alguma razão, em Portugal somos grandes consumidores de iogurtes de aromas, de consistência firme, e que existem "aos montes" nos supermercados. Estes iogurtes são uma espécie rara em vários países da Europa, nomeadamente França, Suíça e Itália (por onde já andei). Por acaso, nem sou muito esquisitinha no que diz respeito à comida, mas nos iogurtes apercebi-me que sim, sou… seletiva! E só me apercebi o quão fã sou deste tipo de iogurtes quando emigrei! Ainda fiz várias tentativas com outros iogurtes semelhantes, outros cremosos (como, por exemplo, os da Activia, que existem em muitos países). Outra curiosidade é que iogurtes magros é também algo pouco comum. Aqui em Itália, não há grande variedade de marcas nem de estilos, consomem essencialmente iogurtes gordos ou intero (yuck!).
Desta forma, senti que devia fazer algo quanto à minha necessidade urgente de comer iogurtes de que realmente gostasse. Falei com a minha mãe (as mães são poços de sapiência!), pois lembrei-me que antigamente ela fazia uns iogurtes naturais caseiros, e que eram muito bons. Assim foi: ela deu-me a receita, eu segui os passos todos e acrescentei uma pitadinha científica à coisa, e o resultado foi muito agradável!
Hoje em dia, existem várias receitas de iogurtes caseiros, bio-iogurtes, iogurtes com compotas, etc., e muitos sites de onde podem também tirar ideias. De qualquer forma, aqui fica a minha receita:
Ingredientes:
- 1 litro de leite meio gordo
- 1 iogurte meio gordo ou gordo
Não precisa ser natural nem “duro”, pode ser cremoso. O natural dá um travo mais amargo, enquanto que, utilizando um iogurte de aromas, como já tem algum açúcar adicionado, irá diminuir a acidez do iogurte. Ao usar um iogurte de aromas, o sabor vai ficar bastante diluído, mas percetível o suficiente para se diferenciar de um iogurte natural, dando um toque ligeiramente açucarado, o que faz toda a diferença. O que se pode fazer para que o sabor fique mais forte é juntar o aroma em bruto (essência). Há à venda frasquinhos de aromas para este tipo de efeitos. Basta juntar uma pequena quantidade (algumas gotas) para o sabor ficar intenso. Mas confesso que ainda não experimentei.
- 2 c. de sopa de leite magro em pó
Muito difícil de encontrar no estrangeiro. Trouxe de Portugal, claro, da marca Molico. O leite em pó serve para regular a firmeza dos iogurtes: mais leite em pó, iogurtes mais firmes. Duas colheres são suficientes para obter a consistência a que estamos habituados.
Dicas sobre como regular a consistência do iogurte:
http://www.thekitchn.com/better-homemade-yogurt-5-ways-125442
- 1 termómetro de cozinha
- 1 iogurteira
A minha mandei vir da Amazon, é muito económica e um bom investimento! A iogurteira serve apenas para o processo de incubação se manter a uma temperatura constante e sem interferências. Existem outras alternativas, mas penso que esta opção é tão barata que não vale a pena procurar mais.
Three Ways to Make Yogurt Without a Yogurt Maker:
http://www.thekitchn.com/crafty-solutions-3-ways-to-mak-125216
Procedimento:
Num tacho, juntar 1 litro de leite com as 2 colheres de leite em pó e deixar aquecer até aos 80º C (aproximadamente), não deixando o leite ferver (ferve aproximadamente à mesma temperatura que a água, 100º C). Não se deve deixar ferver uma vez que isso terá influência sobre a textura dos iogurtes. Durante o processo de fermentação, as bactérias presentes no leite consomem lactose e produzem ácido láctico, o que leva à desnaturação das proteínas e consequente coagulação da gordura do leite. Este passo é fundamental para uma boa consistência dos iogurtes.
Aqui fica um link com uma boa explicação de como acontece o processo da produção do iogurte a partir do leite:
http://cooking.stackexchange.com/questions/32783/making-yogurt-without-heating-milk
Desligar o fogão e deixar arrefecer até aos 40-45º C.
Juntar o iogurte ao preparado e misturar levemente. Colocar o produto final nos frasquinhos de iogurte e deixar a iogurteira ligada durante 8-10h. Normalmente, faço este processo à noite, para que os iogurtes estejam prontos de manhã. Ao fim das 10h, deve-se colocar os iogurtes no frigorífico para parar o processo de fermentação e não gerar acidez.
Eis o resultado:
Receita alternativa para iogurtes magros:
- 1 iogurte grego
- 1 litro de leite magro
- 2 c. de sopa de leite em pó
Se usarmos um iogurte magro e leite magro, os iogurtes não ficam com aquela consistência firme que se pretende; a gordura do leite, aqui, é muito importante. Vai daí, experimentei um iogurte grego (dica do Marido, confesso!), que é bastante gordo, e o resultado foi uma bela surpresa. Saboroso e… magro ‒ ou menos gordo...! :D
Num tacho, juntar 1 litro de leite com as 2 colheres de leite em pó e deixar aquecer até aos 80º C (aproximadamente), não deixando o leite ferver (ferve aproximadamente à mesma temperatura que a água, 100º C). Não se deve deixar ferver uma vez que isso terá influência sobre a textura dos iogurtes. Durante o processo de fermentação, as bactérias presentes no leite consomem lactose e produzem ácido láctico, o que leva à desnaturação das proteínas e consequente coagulação da gordura do leite. Este passo é fundamental para uma boa consistência dos iogurtes.
Aqui fica um link com uma boa explicação de como acontece o processo da produção do iogurte a partir do leite:
http://cooking.stackexchange.com/questions/32783/making-yogurt-without-heating-milk
Desligar o fogão e deixar arrefecer até aos 40-45º C.
Juntar o iogurte ao preparado e misturar levemente. Colocar o produto final nos frasquinhos de iogurte e deixar a iogurteira ligada durante 8-10h. Normalmente, faço este processo à noite, para que os iogurtes estejam prontos de manhã. Ao fim das 10h, deve-se colocar os iogurtes no frigorífico para parar o processo de fermentação e não gerar acidez.
Eis o resultado:
Receita alternativa para iogurtes magros:
- 1 iogurte grego
- 1 litro de leite magro
- 2 c. de sopa de leite em pó
Se usarmos um iogurte magro e leite magro, os iogurtes não ficam com aquela consistência firme que se pretende; a gordura do leite, aqui, é muito importante. Vai daí, experimentei um iogurte grego (dica do Marido, confesso!), que é bastante gordo, e o resultado foi uma bela surpresa. Saboroso e… magro ‒ ou menos gordo...! :D
Como, por vezes, algumas tentativas de fazer iogurtes caseiros podem correr mal ‒ podem não ficar firmes ou parecer estragados (e talvez possam estar!) ‒ aqui ficam algumas dicas de como resolver a questão:
http://www.kitchenstewardship.com/2012/06/01/what-did-i-do-wrong-the-definitive-homemade-yogurt-troubleshooting-guide/
Enjoy! ☺
http://www.kitchenstewardship.com/2012/06/01/what-did-i-do-wrong-the-definitive-homemade-yogurt-troubleshooting-guide/
Enjoy! ☺
Ana