Há coisas que não se explicam; empatias, afetos, preferências que nos colonizam, sem sabermos muito bem como ou por quê. Há sonhos que nem sabemos que temos, até ao dia em que estes se tornam realidade.
Não sei dizer, com precisão, quando e como é que terá nascido o meu amor por Barcelona, mas estou desconfiada que este filme terá sido um dos primeiros e principais culpados.
Não é difícil de compreender. Aliás, estranho seria que a miúda de 18 anos que eu era ‒ recém-entrada na Universidade, a dar os primeiros passos na vida adulta e na independência ‒ não ficasse imediatamente fascinada por tudo aquilo: aquelas cores, aquele sons, aquela gente, aquelas vidas. Provavelmente, terei também a agradecer a este filme, e ao Cédric Klapisch, o interesse que, mais tarde, também desenvolvi pelo cinema francês, mas isso já é outra história.
Como todas as paixões que valem a pena, que se inflamam sem se extinguir, esta foi fervendo em lume lento. Alimentada, aqui e ali, por outros filmes, outras leituras, outros olhares. Quando tivemos que decidir qual gostaríamos que fosse o destino da nossa primeira viagem "a sério", não houve grandes dúvidas: seria em Barcelona que passaríamos a nossa lua-de-mel.
Pode não parecer a escolha mais óbvia, mas para nós ‒ no nosso imaginário ‒ a cidade encapsulava tudo aquilo que sonhávamos e projetávamos para a nossa vida a dois: uma história longa e rica, luz, diversidade, descoberta, movimento. Não queríamos "lagartar" ao sol (embora, pessoalmente, não tenha nada contra; aliás, até sou bem adepta...!); queríamos voltar desta experiência enriquecidos, mudados, com mais mundo. E encontrámos tudo isso, e muito mais.
Há amigos que vão ao casamento, e há amigos que vão à lua-de-mel; e a Catarina foi à lua-de-mel!
Não sei dizer, com precisão, quando e como é que terá nascido o meu amor por Barcelona, mas estou desconfiada que este filme terá sido um dos primeiros e principais culpados.
Não é difícil de compreender. Aliás, estranho seria que a miúda de 18 anos que eu era ‒ recém-entrada na Universidade, a dar os primeiros passos na vida adulta e na independência ‒ não ficasse imediatamente fascinada por tudo aquilo: aquelas cores, aquele sons, aquela gente, aquelas vidas. Provavelmente, terei também a agradecer a este filme, e ao Cédric Klapisch, o interesse que, mais tarde, também desenvolvi pelo cinema francês, mas isso já é outra história.
Como todas as paixões que valem a pena, que se inflamam sem se extinguir, esta foi fervendo em lume lento. Alimentada, aqui e ali, por outros filmes, outras leituras, outros olhares. Quando tivemos que decidir qual gostaríamos que fosse o destino da nossa primeira viagem "a sério", não houve grandes dúvidas: seria em Barcelona que passaríamos a nossa lua-de-mel.
Pode não parecer a escolha mais óbvia, mas para nós ‒ no nosso imaginário ‒ a cidade encapsulava tudo aquilo que sonhávamos e projetávamos para a nossa vida a dois: uma história longa e rica, luz, diversidade, descoberta, movimento. Não queríamos "lagartar" ao sol (embora, pessoalmente, não tenha nada contra; aliás, até sou bem adepta...!); queríamos voltar desta experiência enriquecidos, mudados, com mais mundo. E encontrámos tudo isso, e muito mais.
Há amigos que vão ao casamento, e há amigos que vão à lua-de-mel; e a Catarina foi à lua-de-mel!
Temos a agradecer-lhe, entre outras coisas, a companhia e a orientação, o café Delta na Plaça del Sol, a introdução ao fuet e o L'Ovella Negra!
Sobre Barcelona, pode dizer-se e mostrar-se tudo e mais alguma coisa, e eu já fiz essa experiência: se me perguntarem, não me calo! Precisava de 50 posts, e mesmo assim, talvez ficassem coisas por dizer, imagens por mostrar. Não perderei tempo a falar sobre aquilo que se encontra em qualquer guia turístico ou, em segundos, em qualquer pesquisa online. Tudo o que posso dizer é que é lindo, e vale a pena!
De Barcelona, trago a comida. O pão e o vinho, o tomate, o azeite, o granissat de llimona. O passeio a pé, a partir do hotel, na noite em que chegámos, e a gente pela rua, o calor, os miúdos a brincar, as conversas, as gargalhadas. Vida a brotar em cada esquina, em música e em movimento.
Trago a chuva de Verão, e a festa de La Mercè, e as ruas tão cheias, e toda aquela trepidação. O fogo de artifício e a vida a transbordar.
Trago o inesperado. A máquina fotográfica constantemente em punho, e a ânsia de captar todos os tesouros, todos os encontros.
Trago os becos, as praças, as arcadas. O tijolo e o ferro. Os trencadís. A construção e reconstrução constantes. O metro, o tramvia, o teleférico. Os quilómetros a pé.
Falar de Barcelona é como falar de um ente querido. De felicidade genuína. De coração aberto. De saudades. De vontade de regressar, e regressar, e regressar.
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Algumas sugestões:
Para comer:
- Trobador Braseria Mediterrània - C. Enric Granados, 122
- La Llavor dels Orígens - C. C. Vidrieria, 6-8; C. Ramón i Cajal, 12 (Gràcia); Passeig del Born, 4
- El Sofalito - C. París, 175
Para ver:
- Barcelona Movie Walks
Para ler:
- «Guia da Barcelona de Carlos Ruiz Zafón» de Sergi Doria (ed. Planeta)
- «Homenagem à Catalunha», George Orwell (ed. Antígona)
Para visitar (entre tantas e tantas outras coisas):
- Museu d'Història de Catalunya - Pl. de Pau Vila, 3 (Palau de Mar)
- L'Aquarium - Moll d'Espanya del Port Vell
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